segunda-feira, 6 de março de 2017

QUE CONTROLAM A CONDROGÊNESE FORMAÇÃO NA PLACA DE CRESCIMENTO E, PORTANTO, REGULAM O CRESCIMENTO LINEAR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES. NO ENTANTO, NAS ÚLTIMAS DÉCADAS GRANDES VARIEDADES DE NOVAS ABORDAGENS EXPERIMENTAIS PRODUZIRAM UMA EXPLOSÃO DE INFORMAÇÕES SOBRE A FUNÇÃO DA PLACA DE CRESCIMENTO. ESTES FATOS NÃO ELIMINAM A IMPORTÂNCIA DO EIXO GH - IGF – I;

A cartilagem hialina é a variedade mais encontrada no corpo humano e, portanto, a mais estudada. É encontrada no disco epifisário, permitindo o crescimento longitudinal dos ossos. 


Neste disco, a cartilagem hialina apresenta os condrócitos dispostos em fileiras ou colunas paralelas, comumente recebendo a designação de cartilagem seriada. Os principais locais onde a cartilagem hialina é encontrada no adulto são: fêmur, traqueia e brônquios, extremidade ventral das costelas e recobrindo a superfície dos ossos longos. 

A matriz da cartilagem hialina contém fibrilas de colágeno tipo II imersas em substância fundamental amorfa. As fibrilas de colágeno não podem ser visualizadas em preparados comuns, pois, além de possuírem reduzidas dimensões, seu índice de refração é muito semelhante ao da substância amorfa. A parte amorfa da matriz é composta por macromoléculas de proteoglicanos. 


Os proteoglicanos consistem em uma parte central, proteica, de onde se irradiam as moléculas de glicosaminoglicanos (condroitina 4-sulfato, condroitina 6-Cobre, queratossulfato). O ácido hialurônico é outro glicosaminoglicano presente na matriz, porém esta é uma molécula muito grande, que integra vários proteoglicanos. O knockout (golpe inesperado) de muitos genes que antes não eram conhecidos como importantes na placa de crescimento produziram fenótipos envolvendo crescimento esquelético na placa de crescimento, abrindo assim novas áreas inesperadas da fisiologia da placa de crescimento. 


O termo "fenótipo" refere-se às propriedades físicas observáveis ​​de um organismo; estes incluem a aparência, desenvolvimento e comportamento do organismo. O fenótipo de um organismo é determinado pelo seu genótipo, que é o conjunto de genes que o organismo carrega, bem como pelas influências ambientais sobre esses genes. Devido à influência de fatores ambientais, organismos com genótipos idênticos, como gêmeos idênticos, acabam por expressar fenótipos não idênticos porque cada organismo encontra influências ambientais únicas à medida que se desenvolve. 



Exemplos de fenótipos incluem altura, comprimento da asa e cor do cabelo. Os fenótipos também incluem características observáveis ​​que podem ser medidas em laboratório, como níveis de hormônios ou células sanguíneas. Paralelamente, novas técnicas genéticas moleculares usadas na pesquisa clínica identificaram anormalidades genéticas causando baixa estatura, muitas das quais ocorrem em genes envolvidos, não no eixo GH-IGF-I, mas em outras vias, muitas vezes locais, necessárias para a placa de crescimento normal função. 


Juntos, a biologia básica e estudos genéticos clínicos têm sinergicamente expandido nossa visão da fisiologia do crescimento infantil e fisiopatologia. Há evidências de que cada um desses fatores endócrinos regulam o crescimento em parte por uma ação direta sobre a placa de crescimento. Por exemplo, a infusão de dexametasona, um glicocorticóide sintético, diretamente na placa de crescimento provoca a desaceleração local do crescimento naquela placa de crescimento e a adição de dexametasona ao meio de cultura retarda o crescimento de ossos metatarsais fetais cultivados. 


Clinicamente, o tratamento com GH pode compensar parcialmente uma dose baixa de glicocorticóide, melhorando o crescimento linear, mas tem pouco efeito em altas concentrações de glicocorticóides, principalmente os sintéticos. Da mesma forma, há evidências de efeitos diretos do hormônio tireoidiano e corticóides. A repetição desse fato, há evidências de efeitos diretos do hormônio tireoidiano, andrógeno, e estrogênio sem o bloqueio de substâncias da aromatase pois a aromatase é uma das principais substâncias relacionadas com andrógenos que antecipam as substâncias responsáveis por fechamento da placa de crescimento ou epífise óssea. 


O estrogênio tem efeitos complexos sobre a placa de crescimento, não só alterando a taxa de crescimento, mas também acelerando a perda de células progenitoras na zona de repouso e assim acelerando o programa de desenvolvimento da senescência da placa de crescimento, causando a cessação precoce do crescimento. Em consequência, a inativação de mutações no receptor de estrogênio ERα ou na aromatase, a enzima que converte os androgênios em estrogênios, fazem com que o programa de crescimento da senescência do crescimento progrida mais lentamente e assim permita um crescimento linear prolongado além da adolescência e, estatura alta. 


Os inibidores da aromatase produzem efeitos semelhantes e, portanto, estão sob investigação como um tratamento para baixa estatura em meninos. Alguns dos estrogênios que modulam o crescimento fisiologicamente podem ser produzidos localmente por condrócitos de placas de crescimento que expressam a aromatase e outras enzimas que metabolizam esteróides. As citoquinas pró-inflamatórias são produzidas endogenamente pelos condrócitos da placa de crescimento e podem atuar intrinsecamente para modular o crescimento ósseo longitudinal. 



Além disso, a placa de crescimento é direcionada por fatores extrínsecos incluindo cortisol e citocinas pró-inflamatórias, ambos induzidos por estresse e inflamação crônica. Algumas destas citocinas pró-inflamatórias regulam negativamente a função da placa de crescimento. Há evidências de que o fator de necrose tumoral-α, a interleucina-1β e a interleucina-6 atuam diretamente na cartilagem da placa de crescimento para suprimir o crescimento ósseo.

Dr. João Santos Caio Jr.
Endocrinologia – Neurocientista-Endócrino
CRM 20611

Dra. Henriqueta V. Caio
Endocrinologista – Medicina Interna
CRM 28930



COMO SABER MAIS:
1. Citocinas pró-inflamatórias podem estimular o eixo HPA – hipotálamo – pituitária - adrenal; por outro lado, o cortisol diminui a produção de citocinas e de outros mediadores inflamatórios...
http://tireoidecontrolada.blogspot.com

2. Portanto, é evidente que existe uma disfonia entre o eixo HPA – hipotálamo – pituitária - adrenal e a resposta inflamatória; isto pode estar relacionado com o papel das alterações do eixo HPA – hipotálamo – pituitária - adrenal no desenvolvimento da obesidade...
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3. Um estudo recente relatou que um IMC mais elevado foi associado com diminuição da ação anti-inflamatória dos glicocorticóides. No entanto, a natureza destas relações permanece indeterminada...
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AUTORIZADO O USO DOS DIREITOS AUTORAIS COM CITAÇÃO
DOS AUTORES PROSPECTIVOS ET REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.


Referências Bibliográficas:
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